A mulher tipo Atena tem mente lógica, governada mais pela razão do que pelo coração.
Dentro de cada mulher vivem as deusas gregas Atena, Ártemis, Hera, Deméter, Perséfone e Afrodite. Assim garantem muitos psiquiatras e terapeutas junguianos.
Combinar mitologia e psicologia foi a forma com que a Dra. Jean Shinoda Bolem, psiquiatra e analista junguiana, encontrou para proporcionar às mulheres um maior entendimento sobre si mesmas.
Em seu livro As Deusas e a Mulher, a doutora Jean estabelece paralelos entre as características das deusas gregas e a psique feminina, ou, de acordo com Jung, os arquétipos que moldam a nossa existência.
Muito embora haja sempre uma deusa dominante, a mulher se sentirá muito mais completa, confiante e em equilíbrio se conhecer as características de cada uma das deusas, dando espaço para que elas se manifestem, sem sufocar nenhuma em detrimento da outra.
Dessa forma, o autoconhecimento se torna uma importante ferramenta na busca da felicidade.
Atena na mitologia.
A deusa grega Atena é retratada como uma mulher forte, imponente e de olhar corajoso.
Conhecida igualmente como Minerva pelos povos romanos, é a divindade da sabedoria, inteligência, do senso de justiça e das artes. Filha de Zeus, um dos principais deuses da mitologia grega, era a protetora dos heróis, arquitetos, tecelões, poetas e filósofos.
Dotada de extensa capacidade mental e física, à deusa grega Atena é atribuída a consolidação das instituições sociais, sobretudo o Estado, e a invenção dos principais instrumentos agrícolas da Grécia.
Comportamento da mulher que tem Atena como deusa dominante.
Se como deusa Atena é reconhecida por suas estratégias de guerra sempre vitoriosas e soluções práticas para problemas corriqueiros, sob o mesmo ponto de vista, como arquétipo ela representa a mulher que tem a mente lógica, governada mais pela razão do que pela emoção.
A mulher Atena é prática, tem o raciocínio claro, consegue manter a calma em situações emocionais extremas e é capaz de desenvolver eficientes táticas em meio a um conflito. A mulher que tem Atena como deusa dominante costuma ouvir que ela pensa como um homem. No entanto, isso não é verdade.
Quando a mulher reconhece que o modo intenso com que sua mente trabalha está relacionada a uma qualidade feminina relacionada com Atena, sua autoimagem pode se tornar muito positiva, ao invés de sentir-se incomodamente masculinizada.
A mulher Atena aprecia a companhia dos homens, já que para ela chega a ser fascinante o mundo masculino, tão descomplicado e cheio de ação e poder.
É muito comum para a mulher regida por Atena ser amiga intima ou até mesmo confidente dos homens com os quais se relaciona, sem desenvolver sentimentos eróticos ou intimidades emocionais.
Foco nas suas prioridades
Quando é Atena que governa a psique da mulher, esta tende a focar em suas próprias prioridades ao invés de enfocar nas prioridades dos outros. Sua inteligência é ligada ao prático e ao pragmático, esta mulher sabe o que deve ser feito e imagina como alcançar o que quer.
Sua perspicácia possibilita a mulher Atena avançar efetivamente onde quer que suas considerações sejam importantes. Ela pode usar sua habilidade de pensar estrategicamente não só para favorecer seus próprios projetos como também para atuar como consultora de um homem ambicioso e em ascensão.
Aliás, as mulheres tipo Atena não costumam ser muito bem vistas pelas feministas mais radicais. Normalmente, por transitarem com muita facilidade pelo mundo masculino, elas não tendem a ter uma aversão muito contundente do mundo patriarcal.
Infância, Adolescência e Juventude da Mulher Atena.
A mãe da criança Atena, a menos que seja ela própria regida pela deusa, encontrará algumas dificuldades para se relacionar com a filha.
Afinal, se ela é do tipo que valoriza relacionamentos encontrará problemas de comunicação pois, se quiser falar sobre pessoas ou acontecimento, irá se deparar com uma criança totalmente desinteressada na conversa.
Por outro lado, é frustrante para a filha que quer saber como alguma coisa funciona e descobre que a sua mãe não tem a menor ideia ou nenhum interesse em descobrir. Neste caso, a filha Atena poderá tratar sua mãe como uma incompetente.
Quando adolescente, a mulher regida por Atena é curiosa, competitiva e bastante íntima das ciências exatas. Aprende com facilidade programar um computar, jogar xadrez com maestria ou como se destacar numa feira de ciências.
Dificilmente essa garota sofrerá com as paixões platônicas ou se tornará chorosa e melancólica por conta dos hormônios. A adolescente Atena terá dificuldades para se relacionar com outras meninas pois as achará infantis e bobocas.
A jovem Atena planeja como será seu futuro ainda no ensino médio. Ela pode não saber exatamente o que quer, mas com certeza sabe com clareza onde quer chegar.
A faculdade quase sempre está nos seus planos, não apenas pela curiosidade incessante da sua mente, mas também por ser o caminho que lhe levará a uma bem sucedida carreira.
Amor, Sexo e Casamento.
Para a mulher tipo Atena, pouco importa se o homem é bonito ou feio, jovem ou mais maduro. Porque, o que de fato a atrai são homens bem sucedidos e poderosos.
Homens sensíveis, emotivos e românticos não levam a menor chance com essa mulher. Se forem predestinados ao fracasso, eternos perdedores e um pouco lentos em seu raciocínio é provável que sejam por ela tratados como meros idiotas.
A mulher Atena não costuma ser sensual ou sexy, nem é dada à paquera ou ao romantismo. Normalmente ela enxerga os homens como companheiros e leais amigos. Essa é a relação que ela espera de um casamento, ainda mais se ela for a estrategista do sucesso dele.
O sexo, por certo, não é uma prioridade em sua vida, aliás ela pouco presta atenção em seu corpo. Raramente sua sexualidade é vista como uma expressão erótica. Se ela estiver num relacionamento o sexo será parte de um compromisso formal.
Sem um companheiro, ela poderá permanecer em abstinência por muito tempo se concentrando, principalmente, em sua carreira.
Meia idade e Velhice.
Quando chega na meia-idade, dificilmente a mulher Atena se tornará desencantada ou amargurada. Em primeiro lugar porque ela planejou sua vida e depois porque é prática e pouco dada a lamentações.
A menopausa também não lhe causará pesar. Como nem beleza e nem juventude são essenciais para a sua auto-estima, tornar-se velha não é uma perda para ela.
Pelo contrário, mais velha com certeza estará mais poderosa, útil ou influente e sua confiança e bem estar estarão em alta.
A mulher tipo Atena muda pouco durante as décadas. Mesmo na velhice ela se manterá ativa, prática, daquelas que põe mãos à obra.
Quando os filhos crescem e mudam ela não lamenta o ninho vazio. Agora ela tem tempo para mais projetos, estudos ou trabalhos que lhe dão prazer.
Se viúva, a mulher Atena é aquela que administra o próprio dinheiro, que mora sozinha, embora se mantenha ativa e ocupada.
Caminho para o crescimento.
Para crescer para além das limitações de Atena, a mulher regida por essa deusa tem diversas opções. Desenvolver as características das outras deusas é uma delas, mas há também outros caminhos:
Interiorizar-se
Para minimizar o cansaço que uma mente sempre ativa e cheia de diálogos internos proporciona, os trabalhos manuais são, inegavelmente, excelentes alternativas. A tecelagem, a costura, a cerâmica são bons exemplos de artesanatos com boa dose de abstração mental e resultado final prático e usável.
Ir em busca de sua criança interior
A criança Atena já nasceu adulta. Sempre curiosa, pronta para aprender e descobrir o sentido lógico das coisas. Permitir-se buscar tão somente o encantamento, a alegria e a inocência contribuem com o propósito de suavizar um pouco da seriedade e praticidade dessa mulher.
Encontrar os valores do feminino
A mulher regida por Atena tem a tendência de menosprezar tudo o que remete à feminilidade. Homens normalmente são a sua referência. Ao aproximar-se de mulheres e das questões relativas ao feminino, a mulher tipo Atena tem a oportunidade de expandir-se e desse modo melhor entender sua mãe, suas irmãs e demais mulheres do seu relacionamento.