Mulher Perséfone

A mulher tipo Perséfone.

A mulher tipo Perséfone tem o desejo agradar, sempre. Oscilando de lá para cá, de acordo com as opiniões ao redor.

A busca pelo autoconhecimento não deve vir acompanhada da expectativa de que algo grandioso irá acontecer quando você se deparar com o seu eu verdadeiro.

De fato, o autoconhecimento deve levar a você a saber quais são as suas luzes e as suas sombras, as suas fortalezas e as suas fraquezas. Não há outro modo de alcançar o equilíbrio e a paz que já estão dentro de você.

São vários os caminhos que podem leva-la até você. Pode ser que isto ocorra através das terapias, da meditação, da astrologia e, também, através do conhecimento dos arquétipos das deusas gregas.

A terapia das Deusas Gregas é o assunto deste post.

A Dra. Jean Shinoda Bolen é uma estudiosa no assunto com vários livros publicados e uma renomada palestrante internacional sobre o tema, além de ainda clinicar, aos 84 anos.

Em seu livro As Deusas e a Mulher ela descreve cada um dos arquétipos e como se comporta a mulher em cada caso de deusa dominante.

A saber, são seis as deusas gregas que, segundo essa psicologia, determinam o comportamento feminino: Deméter, Afrodite, Ártemis, Hera, Atena e Perséfone de quem falaremos aqui.

Perséfone na mitologia.

Perséfone é filha adorada de Deméter com Zeus. Na sua juventude, enquanto colhia flores ela foi raptada por Hades, o deus do submundo dos mortos.

Deméter percorreu céus e terras à procura de sua filha, implorou a Zeus que ordenasse a Hades que devolvesse Perséfone.

Contudo Zeus foi indiferente ao seu pedido. Então, a deusa da colheita, deixou a terra totalmente árida, de tal forma que a fome se abateu sobre os humanos e os deuses.

Pressionado, Zeus convenceu Hades a devolver Perséfone e este lhe respondeu que só poderia fazê-lo se ela não houvesse comido nada na submundo.

Mas, Perséfone havia comido sementes de romã no inferno.

Se Perséfone não tivesse ingerido nenhum alimento ela voltaria integralmente ao mundo superior para a sua mãe. Mas, como ela havia comido as sementes de romã, um terço do ano ela passaria no inferno, com Hades. Os outros dois terços com sua mãe, Deméter.

Mais tarde, Perséfone tornou-se a rainha do inferno e disputou com Afrodite o amor do belo Adonis.

O comportamento da mulher que tem Perséfone como deusa dominante.

A mulher tipo Perséfone geralmente não se sente sensual ou sexual, independente dela ser jovem ou ser sexualmente inexperiente. Certamente, sexualidade não é uma questão para ela.

A mulher que tem Perséfone como dominante, assemelha-se ao que é considerado, por analogia, ao padrão de “mulher ideal” no Japão.

Ela é calma, reservada, complacente, aprende que não deve dizer não diretamente, é educada no sentido de evitar perturbar a harmonia desagradando.

A mulher japonesa “ideal” permanece graciosamente presente, mas em segundo plano, antecipa as necessidades dos homens e aparentemente aceita seu próprio destino.

A mulher tipo Perséfone parece, sobretudo, ter uma base flexível que se inclina de um lado para o outro tentando se ajustar às circunstâncias ou às personalidades mais fortes. Balançando de lá para cá conforme o “vento sopra”.

Acima de tudo, quando Perséfone domina, ela dá à mulher uma qualidade jovial. Ela pode parecer fisicamente mais jovem do que é, ou ter alguma coisa de “infantil” em sua personalidade, um elemento “cuide da menininha”. Esta característica pode durar por anos e permear, inclusive, toda a maturidade.

As mulheres que têm Perséfone como parte de si podem permanecer receptivas à mudança e jovens de espírito durante toda a sua vida..

Infância, adolescência e juventude da mulher tipo Perséfone.

A pequena Perséfone é uma garota quieta, despretensiosa, usualmente uma criança bem comportada, que quer agradar, faz o que é solicitado e usa o que é escolhido para ela.

De uma maneira geral, a menina Perséfone é uma criança introvertida que se mostra cautelosa por natureza, daquelas que prefere observar primeiro e participar depois.

A sua introversão natural muitas vezes é confundida com timidez. Mas, a verdade é que ela precisa imaginar-se fazendo alguma coisa antes que decida se quer participar ou não.

Adolescência.

Para a jovem Perséfone, a experiência no Ensino Médio é quase sempre uma continuação de sua vida anterior.

Se ela cresceu numa casa onde a “mamãe sabe o que é melhor”, sua mãe continuará a fazer compras com ela, escolherá suas roupas e influenciará sua escolha de amigos, interesses e compromissos sociais.

A adolescente Perséfone que tudo divide com sua mãe, não consegue criar sua própria visão de vida.

Pois são as ansiedades, as opiniões e os valores de sua mãe que influenciam suas percepções e a deixam com opiniões fracas.

Sem dúvida, pais intrusos prejudicam o desenvolvimento de uma identidade separada dos filhos adolescentes, principalmente em se tratando da jovem Perséfone.

Juventude.

Tipicamente, a jovem tipo Perséfone de classe média ou alta frequenta a faculdade porque é lá que se espera que estejam as mulheres jovens de sua classe social e educação.

A educação é em geral um passatempo para tal garota, e não um pré-requisito para uma futura carreira. Aliás, se a jovem Perséfone se decidir por uma especialização, com certeza seu caminho será o de menor resistência.

Relacionamentos da mulher tipo Perséfone.

Basicamente, três categorias de homens são atraídos pelas mulheres tipo Perséfone:

  1. Aqueles que são tão jovens e inexperientes quanto ela;
  2. Os chamados homens “malandros” atraídos pela sua inocência e fragilidade;
  3. Homens que não se sentem confortáveis com mulheres “amadurecidas”.

A primeira categoria é a do amor na juventude. São os namoros de escola e faculdade. Ambos estão explorando, como iguais, a companhia do sexo oposto.

A segunda pode ser resumida como a união entre “a dama e o vagabundo”.

Se ele, por um lado, é fascinado pela garota protegida e privilegiada, seu oposto. Ela, por outro, é atraída pelo seu magnetismo pessoal, por essa aura sexual e personalidade dominadora.

Por fim, a terceira categoria envolve homens que por várias razões não se sentem confortáveis com “mulheres amadurecidas”.

A sociedade patriarcal, presume que o homem seja mais velho, mais experiente, mais alto e mais forte que a sua esposa.

Ora, o tipo feminino que mais se ajusta ao ideal de mulher jovem, inexperiente, mais fraca e menos educada é, certamente, o da mulher tipo Perséfone.

Essa mulher não irá desafiar a autoridade ou as ideias do parceiro, pois a esposa tipo Perséfone jamais critica seu marido.

Não há como negar que esse comportamento faz com que o companheiro seja percebido como um homem poderoso e dominante, mesmo que seja incompetente ou sem experiência.

Caminhos para o crescimento.

A mulher tipo Persefóne deve aprender a tomar decisões e a assumir compromissos. Decerto esse caminho não será fácil para ela que sempre oscilou entre opiniões, desejosa de agradar a todos.

No entanto, para a mulher Perséfone que deseja crescer, há vários caminhos disponíveis:

Ela pode, por exemplo, se valer dos atributos do seu arquétipo e desenvolver a espiritualidade, indo além da necessidade de agradar.

Já que Perséfone desce ao seu eu profundo com frequência, ela pode ajudar outras pessoas a fazer o mesmo. Tornando-se terapeuta, por exemplo.

Por outro lado a mulher tipo Persefóne pode se valer dos atributos de outras deusas. Se ela deseja se tornar uma mulher apaixonada e sexual, por exemplo, deve cultivar a sua Afrodite,

E assim, buscar em outras deusas as características que a complementam.

Descubra a sua deusa dominante. Faça o teste rápido ou o completo.

https://lotusrosa.com.br/teste-descubra-sua-deusa/

Referência: As deusas e a mulher – Nova psicologia das mulheres