Seja você pragmática, seja você mística. Não importa a sua crença, tampouco sua religiosidade, você há de concordar que não viemos para este mundo à passeio. Certamente as adversidades fazem parte da trajetória da vida.
Por situações adversas todos nós iremos passar. Isso é fato. Podem ser problemas de saúde, podem ser problemas financeiros, podem ser problemas familiares, podem ser problemas de relacionamento… decerto eles surgirão, causando maior ou menor estrago.
Então, se já sabemos que iremos enfrentar dificuldades ao longo da vida, a sabedoria me parece que não está em tentar evitar as adversidades e sim como enfrentá-las, tirando delas as lições que nós tornarão mais e mais fortes.
Por que algumas pessoas enfrentam os problemas com mais facilidade dos que outras?
Basicamente parece que pessoas com maior resiliência emocional, têm mais facilidade para atravessar as dificuldades. Por resiliência entende-se a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas. Sem entrar em surto psicológico, emocional ou físico, por encontrar soluções estratégicas para enfrentar e superar as adversidades.
Até pouco tempo atrás eu achava que resiliência era uma característica inata, a pessoa nascia resiliente ou não.
Entretanto, eu estava errada, aprende-se a ser resiliente. É uma questão de treino mental. Em um artigo que li recentemente, o qual compartilho no link abaixo, a psicanalista Simone Demolinare elenca as competências necessárias para se tornar resiliente. Não é fácil, certamente, mas é possível.
Os diálogos que travamos conosco assim como, a forma como projetamos o futuro, também se mostram eficazes para atravessar os momentos difíceis. Um artigo publicado no Jornal El Pais, fala sobre esse assunto.
Pessoas capazes de construir imagens positivas sobre si mesmas e sobre o futuro têm mais condições de atravessar os períodos problemáticos com mais energia.
Se no auge da dificuldade conseguirmos pensar que tudo vai ficar bem quando tudo terminar, indubitavelmente ganharemos força para superar os obstáculos. Está comprovado pelas pesquisas.
Uma outra dica dos pesquisadores é nos referirmos a nós mesmos na segunda pessoa.
Assim, ao invés repetirmos frases do tipo: eu sou muito azarada, nada dá certo para mim, tudo tem que ser difícil. Dizermos com determinação: vamos lá Cristina, você consegue. Cristina você já superou momentos mais dolorosos, você é forte!
Segundo o pesquisador, quando tratamos a nós mesmos na segunda pessoa criamos um distanciamento das emoções e somos mais racionais. De algum modo essa fórmula melhora a capacidade de vermos de fora e, portanto, nos possibilita racionar com mais clareza e menos drama diante dos problemas.
Concluindo, essa vida não é para amadores. Do primeiro ao último suspiro é preciso aprender a ser forte, pois é sabido que as adversidades virão e a forma como iremos lidar com elas é o que fará toda a diferença.