Gostar de Crianças Não É o Mesmo que Querer Ser Mãe

Muitas mulheres acreditam que o simples fato de gostar de crianças já é motivo suficiente para desejar a maternidade. No entanto, é importante refletir: será que esses dois sentimentos caminham, de fato, lado a lado?

Antes de tudo, precisamos entender que gostar de crianças é uma inclinação afetiva. É possível sentir carinho, admiração ou mesmo encanto pelas fases da infância sem, necessariamente, estar disposta a assumir os compromissos que envolvem a maternidade. Por outro lado, ser mãe vai muito além da afinidade com crianças. Envolve presença, paciência, entrega e, acima de tudo, responsabilidade emocional.

Além disso, é preciso lembrar que as crianças crescem. Portanto, decidir ter um filho apenas por achar fofa a fase infantil pode revelar uma visão romantizada da maternidade. Enquanto isso, o desejo genuíno de ser mãe nasce de um lugar mais profundo: é a disposição de cuidar, proteger, educar e amar incondicionalmente, mesmo nos dias mais difíceis.

O outro lado:

Da mesma forma, é importante considerar o outro lado: não gostar de crianças pode ser um forte indicativo de que a maternidade talvez não seja o caminho mais coerente naquele momento. Afinal, as crianças permanecem em sua fase mais vulnerável por muitos anos — e é exatamente nesse período que mais precisam de apoio, empatia e dedicação.

Portanto, é essencial separar o afeto espontâneo que se tem por crianças do compromisso transformador que é a maternidade. Tomar essa decisão com consciência e responsabilidade é um ato de amor — consigo mesma e com os filhos que podem vir a existir.

Em resumo, gostar de crianças não é o mesmo que desejar ser mãe. E tudo bem. A liberdade de escolher o próprio caminho é parte fundamental de uma vida plena e coerente.

A sociedade patriarcal impõe à mulher a maternidade como uma função social. Não caia nessa, não seja mãe apenas porque você se sente obrigada a cumprir esse papel. A maternidade tem seus percalços e exige vocação.

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