Emoções negativas. Saiba como elas interferem na sua vida.

Emoções negativas ou positivas são inerentes ao ser humano. Entretanto algumas são mais presentes nas mulheres.

Antes de mais nada, gostaria de começar este texto dizendo que as diferenças entre homens e mulheres existem, são reais, positivas e complementares.

Além das diferenças físicas, existem diferenças na forma como homens e mulheres expressam sentimentos. Isso certamente tem muito a ver com a educação que é dada a meninos e meninas.

Numa sociedade patriarcal espera-se comportamentos distintos para homens e mulheres. Homens não devem expor seus sentimentos e suas fraquezas. Já as mulheres, não devem se mostrar muito voluntariosas. Tem gente que, pasmem, mesmo no século XXI, pensa que isso não pega bem.

Contudo, felizmente as coisas estão mudando. As mulheres estão, mesmo que à duras penas, conquistando espaços na sociedade. A principal conquista foi o direito de escolha.

Em grande parte do mundo as mulheres hoje escolhem suas profissões, seus companheiros (as), ter ou não filhos, o que vestir, em quem votar. Felizmente a época em que se levava à fogueira e ao apedrejamento mulheres que ousavam divergir, acabou ou está com os dias contados.

Entretanto, a socialização de gênero que é o processo através do qual as crianças aprendem sobre as expectativas, atitudes e comportamentos sociais associados ao seu gênero, contribui bastante para que as mulheres expressem com mais frequência que os homens algumas emoções negativas.

As 4 emoções negativas que são os tormentos da mulher.

1 – A Culpa.

De maneira geral a culpa é um sentimento moral que nos permite ter consciência sobre danos causados aos outros e, mais do que ter consciência, nos leva a pedir perdão.

Entretanto, o problema se estabelece quando passamos a sentir culpa quando não cometemos erro algum. Por exemplo, quando dedicamos um tempo maior a nós mesmas, quando somos bem sucedidas ou ainda quando priorizamos nossos desejos.

A culpa em excesso distorce nossos julgamentos. Passamos a nos sentir culpadas por coisas do passado, do presente e até do futuro. É muito louco.

Se o relacionamento não deu certo, a culpa é minha que deveria ter entendido melhor as carências e desejos do outro. Antes de mais nada me desculpe por ser bem sucedida, me sinto culpada porque eu tenho sucesso e o outro não. Se estou descansando me sinto culpada por não estar produzindo.

Enfim, o sentimento de culpa exige que tenhamos uma análise mais profunda sobre os nossos atos. É importante reconhecer os erros, porém é ainda mais importante reconhecer se é, de fato, um erro ou não.

2 – O Medo.

Sentir medo é fundamental para a nossa sobrevivência. Assim como acontece com outros animais, o medo nos ajuda a preservar a integridade física. Nos faz recuar diante de um perigo real.

Mas então, quando o medo é um problema?

Quando ele não é real, quando ele nos paralisa diante de situações que não representam nenhum perigo de vida e ainda atrapalha o nosso desenvolvimento.

Por exemplo, o medo de falar em público, o medo de aceitar novos desafios, o medo de ser rejeitada ou de ficar sozinha. Esse medo infundado não deixa que a gente avance em nossa caminhada, esse medo paralisante que não permite que falemos em público, que impede de falar o que pensamos, o medo que nos deixa acorrentadas a um relacionamento sem futuro.

O medo de falhar nos impede de agarrar as boas oportunidades da vida.

3 – A Tristeza

A tristeza nos ajuda a curar feridas, como uma separação ou a perda de um ente querido. Ela também serve para promover a união de pessoas que estão passando pelo mesmo momento ou se aproximam para consolar.

Tristeza não é legal de sentir, mas é um sentimento importante de ser vivenciado.

Já que é assim, por que a tristeza é um dos tormentos da mulher?

A tristeza se torna um martírio quando na verdade queremos e não conseguimos expressar outro sentimento, como a raiva por exemplo. Voltando ao início do texto, socialmente não é bem aceito que uma mulher extravase sua ira, que ela se descontrole vez ou outra.

E é neste cenário onde o medo de se expressar aparece, que a raiva contida vira tristeza.

Assim, com o passar do tempo, os sapos engolidos se transformam em tristeza permanente. E, quando nos damos conta, estamos tristes sem saber a razão.

4 – A vergonha.

A vergonha é uma emoção que sinaliza aos outros que sabemos que rompemos com alguma norma social. Sentir vergonha é ter medo da falta de conexão ou de perder o vínculo com alguém.

Todas nós já sentimos vergonha alguma vez na vida. É, aliás, um sentimento bem doloroso.

Sentir vergonha é normal, pois trata-se de uma emoção universal e primitiva.

A vergonha se torna um sentimento bastante prejudicial quando se junta ao medo do julgamento alheio e à baixa autoestima. É no momento que uma crítica justa ou não, nos deixa ruborizadas.

Do mesmo modo, a vergonha se torna muito prejudicial quando deixamos de colocar um biquíni porque estamos fora do peso, ou ainda quando à medida em que envelhecemos vamos nos escondendo em casa porque já não somos tão bonitas.

A vergonha é maléfica quando faz com que nos julguemos inadequadas.

Concluindo, só existe um caminho para não deixarmos que as emoções negativas atrasem nossa vida: o autoconhecimento.

Referência: Isabel Zanon – Psicología y Mente.

Talvez seja do seu interesse:

https://lotusrosa.com.br/hakuna-matata-o-dificil-equilibrio-entre-a-responsabilidade-e-a-despreocupacao/

https://lotusrosa.com.br/sindrome-do-ovario-policistico-aspectos-emocionais/