Estar entre mulheres faz bem

Estar entre mulheres é uma coisa que precisamos começar a fazer o mais rápido possível e com a mesma frequência e intensidade que os homens se reúnem para o futebol, o pôquer ou uma cervejinha.

Não se trata aqui de revanche feminista, é muito mais do que isto.  Estar entre mulheres nos faz um bem incrível, a ciência explica: quando um grupo de mulheres se junta, elas falam sobre si, sobre seus sentimentos e ao compartilhar suas alegrias, dores e desilusões acabam sendo confortadas, abraçadas e solidarizadas pelas outras mulheres. Ou seja,  funciona quase como uma terapia em grupo.

A explicação em princípio é simples, estes contatos, quando frequentes, aumentam a produção de ocitocina, que é nada menos que um hormônio responsável pela felicidade.

Mulheres quando estão juntas falam de relações humanas, trocam experiências, desabafam e consolam.  Ao contrário dos homens, que falam apenas de assuntos genéricos como política, futebol, carros.

É muito raro homens em grupo falarem sobre sentimentos e sofrimentos ou se darem um abraço apertado. Por isso, segundo a Universidade inglesa de Oxford, em grupo de homens não se constatam alterações na produção da ocitocina.

Mas, o que faz a ocitocina?

A ocitocina é considerada nada menos do hormônio líder dos quatro hormônios da felicidade, os outros são: a endorfina, a serotonina e a dopamina. É através da ocitocina que conseguimos desenvolver relacionamentos emocionais profundos.

Também conhecida como hormônio dos vínculos emocionais e hormônio do abraço, a ocitocina está presente em grandes quantidades na hora do parto e sem ela o parto simplesmente não acontece.  

E, convenhamos, não há nada mais feminino e sagrado do que dar à luz uma vida gerada em seu próprio ventre. Certamente não se trata de uma coincidência a produção deste hormônio ser estimulada quando estamos entre mulheres.

Estar entre Mulheres

Na Antiguidade, as mulheres se reuniam com frequência nos rituais em homenagem à Grande Deusa, se ajudavam na plantação e na colheita dos alimentos e juntas cuidavam das crianças.

Os tempos mudaram, e muito. Hoje raramente as mulheres se reúnem, o tempo se tornou um precioso bem. Tudo é muito corrido, muito superficial e com muita complicação para conciliar as atribuladas agendas.

Conclusão, estamos menos interligadas do que éramos nos tempos antigos e isso não é bom.

Em outras palavras, é necessário que nos aproximemos de nossas mães, irmãs, avós, primas, amigas para que, juntas, venhamos a redescobrir o imenso poder adormecido dentro de nós.

O poder que possibilitará sermos quem desejamos ser.  Não se trata de usar este poder para competir ou dominar, mas sim para nos tornamos poderosas.

Entretanto, os contatos pelas redes sociais não entram na conta. A coisa só funciona em encontros presenciais, regados de cumplicidade e empatia. A competitividade deve ser esquecida para nos concentrarmos no amor, no carinho, na amizade e no companheirismo.

Sororidade é o nome que se dá a este sentimento. Algo similar à fraternidade, mas somente entre mulheres. A palavra é derivada do latim, soror, que significa irmã. Ao contrário de fratris, que significa irmão, daí a palavra fraternidade.

Conheça mais este conceito: https://www.dicasdemulher.com.br/o-que-e-sororidade/

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