Quando Timão e Pumba encontram o fragilizado Simba e ensinam a ele a arte de viver despreocupado, Hakuna Matata, em princípio eu até que achei a proposta bastante interessante.
É isso! Vamos viver o aqui e o agora sem nenhuma preocupação. Focar apenas no momento presente. Curtir a vida como ela se apresenta e ponto final! Sem dúvida, a ideia é muito tentadora.
Mas, infelizmente, nem na ficção isso dá muito certo. No caso do Rei Leão, Nala aparece do nada para tirar o nosso Simba do bem-bom ao qual ele já havia se adaptado. Ela chega para lembrá-lo de suas responsabilidades e ainda mais, cobrar dele atitudes positivas .
A princípio o nosso querido leão não lhe dá ouvidos. Hakuna Matata é uma filosofia de vida por demais tentadora. Mas, seu senso de responsabilidade fala mais alto e ele parte para uma batalha pessoal contra as forças do mal.
A virtude está no equilíbrio
A história do Rei Leão serve apenas como uma alegoria para chegarmos ao ponto que realmente importa, a saber: a dificuldade para se encontrar o equilíbrio entre uma escolha de vida focada no presente, onde se vive um dia de cada vez, e a preocupação relativa ao nosso futuro e daqueles que são importantes para nós.
Parece inevitável que a preocupação venha junto com o senso de responsabilidade e dever. Logo, a primeira impressão que se tem de pessoas leves, alegres e despreocupadas é que elas não precisam de preocupar com o dia de amanhã. Certamente, isso não é verdade.
O grande desafio está no equilíbrio, não só Hakuna Matata, como também não arrastar correntes o tempo todo. Problemas devem ser resolvidos, o futuro deve ser pensado e as boas coisas da vida devem ser saboreadas.
Leveza e serenidade talvez sejam as palavras-chaves para se obter o equilíbrio.
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