O poder de Hera

Hera, a senhora do poder.

Se existe uma deusa do feminismo, com certeza deve ser Hera. Pois ela representa o que acontece com o poder das mulheres em um mundo que não quer reconhecê-lo.

Ela é como aquela piada de mau gosto: quando um homem promove seus próprios interesses, é porque sabe o que quer, mas quando uma mulher faz isso, ela é gananciosa e egoísta. Quando um homem dá ordens, ele é autoritário; quando uma mulher faz isso, ela quer ser o homem.

Na mitologia Hera era a esposa de Zeus, um verdadeiro galinha que a traia com quem passasse pela sua frente. A deusa ultrajada se vingava de todas as mulheres que haviam dormido com Zeus, assim como de seus filhos. De fato, pode-se afirmar que Zeus era o inferno de Hera e ela reagia de pior forma possível.

A deusa chegou a organizar uma rebelião no Olimpo contra o marido, mas foi severamente punida e humilhada.

Assim como Hera, as mulheres de hoje podem facilmente se encontrar em um estado contínuo de ultraje.

Só é preciso consciência e contato mínimo com a sociedade ao seu redor. Como você se mantém alegre em um mundo cheio de estupros e espancamentos, insultos e perigos? Como você sorri quando alguém faz o centésimo comentário terrivelmente machista no trabalho? Quantas vezes você pode ignorar o que se passa à sua volta?

Mas veja o que acontece quando você fala. Ainda hoje, as mulheres que comandam o poder são frequentemente demonizadas, assim como Hera foi. Infelizmente é uma imagem comum ver mulheres sendo ridicularizadas por terem poder e autoridade interior – e mostrar isso.

Mulheres fortes são mal interpretadas, não há dúvida. Mas há também outra verdade na história dessa deusa: que não ser ouvida tende a tornar a mulher um tanto quanto histérica. Assim, Hera, travando uma batalha contra o patriarcado por séculos, finalmente se transforma em uma caricatura de seu eu forte e vibrante. Assim, muitas mulheres, cansadas de tentar formular queixas sobre injustiças grosseiras em linguagem comedida e aceitável, finalmente recorrem à fúria, à lamúria e ao choro.

Exercícios para equilibrar a mulher que tem Hera como deusa dominante, portanto, deve reconhece as dificuldades que qualquer mulher tem em manter seu equilíbrio interior em um mundo onde a representação do feminino ainda é bastante frágil.

Ao mesmo tempo, tais exercícios devem oferecer uma chance para as mulheres voltarem a ter uma autoridade interior natural que evoque a dignidade e a graça da deusa Hera original, a mulher charmosa, inteligente, poderosa e amada por todos.

Invoque a sua Hera, procure entre as mulheres de sua família aquelas que você sempre admirou por serem fortes e decididas. Liste suas qualidades e se espelhe nelas.

Pegue uma foto sua quando criança. Ao olhar para a fotografia, faça uma lista das qualidades que você se lembra de ter na época. Existe alguma dessas qualidades com as quais você perdeu contato hoje? Como você pode recuperá-las?

Você se reconhece como Hera? Faça o teste disponível nesse blog e descubra.

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Referência: The Goddess Path – Patricia Monaghan