Maio, com M de Mulher

Maio é definitivamente um mês feminino.

Maio é o mês de Maria, das Mães e das Noivas.   Mais feminino que isso impossível. É a mulher na sua mais pura essência.

Sobre Maria, o que falar?  Impossível mensurar o sofrimento de uma mãe que abraça o corpo torturado e sem vida do seu filho. Mesmo com sua fé inabalável, seu coração se despedaçou naquele momento.

Sofrer pelos filhos é a sina de qualquer mãe. Pelos grandes e pequenos motivos. Por filhos de qualquer idade. De qualquer caráter. Ao contrário do que dizem, não acho que mãe seja tudo igual. Tem mãe moderna e mãe careta. Tem mãe possessiva e mãe desencanada. Tem mãe amorosa e mãe durona. O que une todas as mães é o amor incondicional. Se assim não fosse, os dias de visitas nos presídios seriam vazios. Mãe pode ficar brava, pode até xingar e bater, mas ela nunca será capaz de dizer não ao filho que dela necessita. Mãe é humana e também erra, mas no coração de uma mãe a intenção é sempre verdadeira. Isso a absolve de qualquer pecado.

Por mais que os tempos tenham mudado, as mulheres carregam no inconsciente o dever da reprodução.  Também por isso, se casam. Embora as noivas de hoje tenham motivos diferentes para se casar, o desejo de constituir uma família sólida, equilibrada e afetiva ainda é o predominante. É da natureza feminina.

Se o dia 8 de março marca a luta das mulheres pela conquista dos seus direitos, visando por fim às discriminações e violências morais, físicas e sexuais, o mês de Maio é o mês em que se celebra o poder do sagrado feminino evidenciado pela capacidade de criar e nutrir a vida.

Às mulheres que amam, sofrem e que com sua sabedoria intuitiva transformam as vidas de quem delas dependem, um feliz mês de Maio.

Cora Coralina Poetisa

 

 

Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida removendo pedras e plantando flores. (Cora Coralina)