A mulher tipo Deméter

A mulher tipo Deméter é, antes tudo, maternal. Ela é aquela que nutre e apoia; sempre prestativa e generosa.

O autoconhecimento é uma das mais importantes ferramentas a ser utilizada na busca incessante por paz e felicidade. No fundo o que nós mulheres, e também os homens, mais desejamos é, antes de tudo, ser feliz.

A conquista do autoconhecimento através dos arquétipos das deusas gregas é uma das linhas da moderna psicologia feminina. A saber, as principais deusas da mitologia grega são: Deméter, Afrodite, Hera, Atena, Ártemis e Perséfone.

A Dra. Jean Shinoda Bolen é uma estudiosa no assunto com vários livros publicados e uma renomada palestrante internacional sobre o tema, além de ainda clinicar, aos 84 anos. Em seu livro As Deusas e a Mulher ela descreve cada um dos arquétipos e como se comporta a mulher em cada caso de deusa dominante.

Neste post falaremos sobre Deméter, a deusa do cereal, nutridora e mãe.

Deméter na mitologia.

Deméter era a deusa do cereal e a responsável pelas grandes colheitas. Era venerada por proporcionar alimentos para todos e igualmente admirada por sua beleza. Seus longos cabelos loiros eram comparáveis ao trigo e seu manto azul insinuava proteção.

Deméter foi a quarta esposa de Zeus, o deus mais poderoso do Olimpo e com ele teve uma única filha, Perséfone.

Quando era uma linda jovem Perséfone foi raptada pelo deus das profundezas, Hades, que a violou e a manteve prisioneira. Deméter procurou desesperadamente pela filha sem resultado e quando soube que Zeus estava de acordo com Hades, ela se sentiu traída e ferida.

No auge da sua ira Deméter tornou a terra estéril e árida, determinando que nada mais crescesse sobre ela enquanto sua filha não fosse devolvida. Este foi o recado que Deméter enviou a Zeus.

Uma vez que a situação na Terra começou a ficar realmente insustentável pela falta de alimentos, Zeus ordenou a Hades que devolvesse Perséfone à Deméter.

Comportamento da mulher que tem Deméter como deusa dominante.

A mulher tipo Deméter deseja ardentemente ser mãe, uma vez que atinge o seu objetivo, ela conquista o papel mais importante e realizador da sua vida.

Contudo, o instinto de Deméter não está restrito apenas em ser mãe biológica ou alimentar seus próprios filhos. Ser mãe de criação ou babá preenche perfeitamente a necessidade de cuidar que esta mulher sente.

Deméter como deusa dominante na psique da mulher a estimula a ser generosa para com os demais e encontrar satisfação como alguém que cuida e alimenta um outro ser. É por isso que essas mulheres encontram realização como enfermeiras, professoras, cuidadoras… enfim, profissões que lhes permitam extravasar o instinto materno.

A mulher tipo Deméter adora alimentar os outros. Certamente ela é a mãe que encontra enorme alegria na amamentação, que sente um grande prazer em oferecer almoços e jantares para sua família e convidados e, quando elogiada, se orgulha de ter sido uma boa mãe e não uma competente chefe de cozinha. No trabalho ela é aquela que serve cafezinho para os colegas e sempre leva quitutes para o lanche da tarde.

Infância, adolescência e juventude da mulher tipo Deméter.

A pequena Deméter é muito fácil de identificar. Essa garotinha está sempre com uma boneca nos braços, não uma Barbie, mas do tipo bebês que ela gosta de ninar e dar “papinha”. Quando atinge os onze, doze anos. essa menina se oferece para cuidar dos bebês da família ou de vizinhos.

A adolescente do tipo Deméter começar a ver o seu natural ímpeto maternal associado à explosão dos hormônios, ou seja, ser mãe torna-se biologicamente possível. E caso uma gravidez acidental ocorra nesta fase ela não se sentirá deprimida ou angustiada.

Nem todas as jovens Deméter ao terminar o ensino médio se sentirão inclinadas a cursar uma faculdade. Muitas delas se sentirão mais realizadas tendo uma família e filhos para cuidar.

E mesmo se optar por seguir uma carreira, na faculdade esta jovem certamente se inclinará a cursos de chamados tradicionalmente de “cursos femininos” como assistente social, enfermagem, psicologia. É provável que seus colegas sejam aqueles de alguma forma segregados pelos demais, seja por raça, por opção sexual ou portadores de deficiências. A jovem Deméter se sentirá útil e feliz se conseguir melhorar a relação social destes seus colegas.

Relacionamentos da mulher tipo Deméter.

A mulher tipo Deméter normalmente não escolhe com quem vai se casar. Pelo contrário, ela é atraída pelos homens que sentem afinidade por mulheres tipo maternais. Muitas vezes ela se casa apenas para cuidar de um homem a quem considera frágil ou problemático.

Os tipos masculinos que a mulher Deméter atrai:

O homem sensível, talentoso, imaturo e irresponsável.

Aquele que se sente injustiçado e incompreendido por todos, menos por ela. Este homem costuma ser imaturo, autocentrado, vive se autoafirmando. No que lhe diz respeito, o mundo é cruel para com ele. Às vezes, ele a enraivece, mas basta ele dizer que ela é a única pessoa que o entende e que sem ela a vida não tem sentido que tudo está perdoado.

O sociopata.

A enorme dificuldade de dizer não da mulher tipo Deméter, pode atrair sociopatas, ou seja, aquele tipo de homem que acha que ser servido é uma honra para quem o serve. O sociopata é incapaz de amar, ser leal ou sentir remorsos. Por mais que ela tente atender suas necessidades infindáveis, ele frequentemente se esquece dos sacrifícios feitos por ela e passa a agir como um explorador. O relacionamento de um sociopata com uma mulher tipo Deméter pode lhe obstruir a vida emocional por anos, além de tirar todo o seu dinheiro.

O Édipo.

A mulher que tem Deméter como dominante costuma atrair homens que quando tinham quatro ou cinco anos queriam se casar com a mamãe. Mesmo quando adultos eles ainda procuram a mulher maternal que seja nutridora, generosa, responsável e zelosa; que cuide das suas refeições, compre e cuide de suas roupas, tenha a certeza de que eles vão ao médico ou ao dentista quando necessitam, e organize suas vidas sociais.

O homem família.

De todos os homens atraídos pela mulher Deméter, este é o único que está pronto para ter uma relação saudável. Ele quer ter uma família, uma casa, filhos e uma mulher com quem possa dividir uma vida. Certamente será um bom pai e um companheiro leal e atencioso.

Meia-idade e velhice da mulher tipo Deméter

A meia-idade é uma fase importante na vida da mulher que tem a deusa Deméter como dominante.

Sobretudo porque se ela não teve filhos, o conhecimento de que seu relógio biológico a está conduzindo ao fim desta expectativa, pode lhe trazer angústia e uma certa amargura.

Até mesmo para a mulher Deméter que teve filhos, a meia-idade não é menos crucial, pois acompanhar o crescimento dos filhos e ter consciência de que em pouco tempo eles deixarão sua proteção para viver por conta própria, põe em cheque a sua capacidade de os libertar de sua dependência. Não é incomum que esta mulher Deméter pense numa nova gestação após os 40 anos.

Nos anos da velhice as mulheres tipo Deméter muitas vezes se dividem em duas categorias:

Primeiramente aquelas que acham essa fase da vida compensadora. São as mulheres ativas e trabalhadoras que acumularam experiências através dos anos e são inegavelmente reconhecidas como sábias e generosas. Elas aprenderam a não se ligar às pessoas e tampouco se deixar explorar. Pelo contrário, essas mulheres encorajaram a independência e o respeito mútuo.

No entanto, destino oposto ocorre com a mulher tipo Deméter que se considera vítima. A fonte de sua infelicidade em geral provém dos desapontamentos e expectativas não realizadas. Sente-se triste, abandonada e magoada. Todavia esta mulher Deméter não faz nada em seus anos avançados, a não ser ficar velha e cada vez mais amarga

Caminhos para o crescimento.

A mulher tipo Deméter reconhece seu padrão maternal e a sua dificuldade em dizer não. Por isso, ela tem uma boa imagem sobre si mesma e reage defensivamente quando alguém critica seu comportamento às vezes invasivo.

Entretanto, para que se desenvolva é crucial que ela aprenda a olhar para as suas sombras. Negar que possa ser superdominadora ou que encoraja a dependência de seus filhos, em nada ajudará o ser crescimento. Além disso, é preciso reconhecer que se sente desapontada e até deprimida quando não se sente apreciada.

A boa notícia é que se a mulher tipo Deméter está disposta a avançar em seu caminho de desenvolvimento a tarefa não das mais difíceis.

Tornar-se sua própria mãe.

A mulher Deméter pode e deve usar a deusa a seu próprio favor. Ela deve aprender a cuidar de si mesma da mesma forma que cuida dos outros. Controlar seu ímpeto de dizer sim a tudo e a todos e não abandonar suas prioridades.

Expandindo-se além de Deméter.

A mulher regida por esta deusa jamais encontra tempo para si mesma, pois está sempre atarefada com as necessidades dos outros. Torna-se então fundamental que ela se interesse por outras atividades, tais como a prática de esportes, artesanato, artes em geral, ter um hobby. Este esforço será vital para quando os filhos abandonarem o ninho.

Sair da Depressão.

A mulher Deméter que sofre uma perda, pode ser um relacionamento, um trabalho, um status… tende a se sentir deprimida e, pior, estagnada na sua depressão, de tal forma que se habitua com essa nova condição. Felizmente a recuperação é possível. A mulher tipo Deméter pode sair dessa condição mais fortalecida espiritualmente, transformando seu sofrimento em crescimento e, igualmente convicta de que tudo nesta vida é impermanente.

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Referência: As Deusas e a Mulher. Nova Psicologia das Mulheres