Quando os homens afirmam não entender as mulheres há de se considerar que, de fato, não somos uma equação fácil de ser resolvida. Talvez porque sejamos muitas em uma, talvez porque mudemos várias vezes ao longo da vida.
A mim sempre intrigou a razão de irmãs criadas sob um mesmo teto, sob os mesmos valores éticos e morais, serem, às vezes, tão diferentes entre si, com desejos e anseios tão ímpares.
Assim também como o fato de mulheres de distintas classes sociais e níveis intelectuais, manifestarem o mesmo tipo “vocação”. Algumas para o casamento, outras para o misticismo, ou para a sedução, ou para o empreendedorismo.
As respostas, felizmente, encontrei nos livros: A Deusa Interior e As Deusas e a Mulher.
Eu recomendo ambos para quem deseja, antes de mais nada, entender as mudanças e inquietações pelas quais as mulheres estão passando nos dias atuais. Certamente é uma boa leitura para homens e mulheres.
No primeiro livro os autores, Jennifer Barker Woolger e Roger J. Wooger, ambos terapeutas junguianos, relatam com detalhes o resultado de um estudo de mais de 10 anos sobre a psique feminina.
Eles trabalharam com centenas de mulheres ao longo deste período, e conseguiram identificar os seis arquétipos mais ativos na vida das mulheres modernas, os quais eles relacionaram às deusas da mitologia grega.
No segundo livro, a Dra. Jean Shinoda Bolen expõe detalhadamente as características de cada arquétipo, esclarecendo como cada um deles se manisfesta nas mulheres e, principalmente, como o conhecimento deles pode se tornar uma poderosa ferramente de autoconhecimento.
Os Arquétipos:
São seis deusas que, segundo os estudiosos, influenciam na psique feminina. Abaixo, os links levam às respectivas páginas onde será possível conhecer mais sobre cada arquétipo.
Deusa dominante.
Embora sejamos uma combinação de todas as deusas, há sempre uma deusa dominante. Essa dominação, entretanto, pode ser muito ou pouco preponderante, variando de mulher para mulher.
Pode ainda ocorrer que algumas deusas estejam totalmente adormecidas. Por exemplo, uma mulher que tenha a deusa Deméter muito expressiva, pode ter a sua Afrodite completamente aniquilada.
Sem dúvida, o conhecimento de quais deusas são preponderantes e de quais estão adormecidas é uma importante ferramenta para quem busca o autoconhecimento.
Certamente, saber como cada deusa influencia as diversas fases e os diversos pontos de mutação de nossas vidas, significa passar por mudanças de forma consciente, tirando de cada fase da vida o seu melhor proveito.
Neste blog eu reproduzi um questionário minucioso, elaborado pelos autores para nos ajudar a descobrir quais deusas nos dominam e quais estão enfraquecidas.
Fazer o teste foi muito importante para eu entender o momento de transformação pelo qual estou passando, “quem” estava por trás de cada anseio e de cada plano.
Conhecendo um pouco das características das deusas eu pude compreender melhor as mulheres à minha volta, sem julgamento, apenas entendendo sob o domínio de quais deusas elas estavam.
Mesmo que seja por curiosidade, eu recomendo o preenchimento honesto do questionário que se encontra no link abaixo.
http://lotusrosa.com.br/teste-descubra-sua-deusa/
Conheça a Roda das Deusas
Muito embora, segundo os autores, haja uma ou duas deusas dominantes em cada mulher é importante que exista um relativo equilíbrio entre todas elas.
Uma deusa muito ativa, deixa as outras “feridas”, como se referem outros autores. E isso, não é bom
Por exemplo, se ao fazer o teste você descobre que sua Afrodite está quase desaparecida, é importante realizar atividades que a fortaleçam.
No diagrama abaixo fica fácil identificar quais são opostos. Assim, se a sua Perséfone é muito ativa, com certeza a sua Hera será quase inexistente.
Por outro lado, se a sua Atena é predominante, a Ártemis pode estar esquecida, e assim por diante. E vice-versa.
Ao fazer o teste, deve-se analisar que mesmo que haja a predominância de uma deusa, e quase sempre há, é importante observar se as demais não estão muito ausentes.
O equilíbrio entre as deusas é a única forma de se atingir “a mulher completa”.
O diagrama A Roda das Deusas foi extraído do livro A Deusa Interior.