Envelhecer é arte.

Saber envelhecer.

Envelhecer é com certeza o capítulo mais difícil da vida. É por isso que que eu gosto tanto desta frase do Osho, um famoso filósofo indiano:

“Envelhecer qualquer animal é capaz. Desenvolver-se é prerrogativa dos seres humanos. Somente uns poucos reivindicam esse direito”

Certamente ficar observando a decadência do corpo físico não é uma experiência das mais gratificantes. muito pelo contrário.

Igualmente lutar contra a ação do tempo é também, no final das contas, uma experiência frustrante. Além de muito cara.

Nós mulheres sabemos muito bem o quanto é difícil encarar honestamente o espelho à medida que a idade avança. Como se não bastasse os efeitos devastadores na pele, nos cabelos, no peso…Ainda enfrentamos uma batalha muito particular, da qual os homens estão livres, nós temos que lidar com a queda abrupta da produção dos hormônios.

Nossas antepassadas, muito provavelmente, morriam antes de passar pelos calores da menopausa, pelo paradoxo da conquista de uma vida sexual livre e ativa, enquanto, na contramão, a libido despenca ladeira abaixo.

Hoje, com aumento da expectativa de vida, temos muito anos para conviver com as dores nas articulações e o cansaço, quase que crônico. Muita embora, a cabeça esteja à mil, cheia de planos e ideias.

Envelhecer + Desenvolver

Voltando ao Osho e sua frase inspiradora, ao envelhecer precisamos incorporar o desenvolver. Como assim?

Felizmente, a maturidade nos dá a possibilidade de olharmos com amor e respeito para as nossas sombras, ou seja, os nossos defeitos, traumas e limitações. No momento em que identificamos nossas fragilidades, devemos acolhe-las sem culpa para então traçar um plano de melhoria contínua. Isso é desenvolver-se.

Depois da carreira consolidada, dos filhos criados, da estabilidade material e de muitos bons e maus momentos vividos, talvez o maior projeto que um ser humano possa empreender seja o seu aprimoramento enquanto, ser humano.

Por certo, essa é uma tarefa das mais difíceis e é por isso mesmo que, ainda segundo Osho, poucos humanos a reivindicam. Não é nada fácil admitir os seus defeitos e mais desafiador ainda é não mais repetir os antigos padrões. De qualquer forma, vale a pena tentar.

Quando alguém me pergunta no que estou trabalhando neste momento, eu respondo: Em mim.

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