Fofoca

Somos a Soma de Nosso Defeitos e Virtudes

Não somos isso ou aquilo. Somos a soma de nossos defeitos e virtudes.

Estamos num processo evolutivo, onde errar faz parte. Nem sempre nos é possível agir com nobreza de sentimentos e de caráter. Vez por outras somos levados a atitudes das quais nos arrependemos ou nos envergonhamos depois. Ou não, às vezes nem percebemos que não agimos bem, porque naquele momento havia a certeza de que aquela atitude era a correta.

E, se isso acontece conosco, mais do que gostaríamos, é importante levar em consideração que o mesmo ocorre com as outras pessoas. Então, por que julgar? Somos todos, afinal a soma de nossos defeitos e virtudes. É preciso, em nome de uma convivência mais harmoniosa, abandonar a visão maniqueísta que tudo divide entre o bem e o mal. Entre o isso e o aquilo.

É preciso praticar a tolerância.

Ao escrever contos inspirados nos Sete Pecados Capitais não tive como objetivo jogar luz sobre o que a Igreja considera os “instintos básicos” que o ser humano precisa controlar para se aproximar de Deus.

Ao contrário, minha intenção foi mostrar, através da ficção, que todos nós estamos sujeitos a cometer erros. E que está tudo bem, pois, se estamos aqui para aprender e evoluir, errar faz parte.  Contudo, o erro deve servir para nos tornar pessoas melhores, provocando a reflexão e a mudança de atitude. Caso contrário, de nada servirá.

Estamos vivendo um grande momento de polarização. Nenhum sentimento ou pensamento é exposto sem que haja um rigoroso julgamento posterior. Há muita intransigência em relação ao comportamento alheio, Reagimos com intolerância e austeridade a qualquer ato praticado por outrem que não se encaixe nos nossos valores.

Os setes contos retratam situações hipotéticas, mas que certamente poderiam acontecer a qualquer um de nós. As personagens em questão perderam as estribeiras e reagiram de forma não muito louvável, algumas se arrependeram de suas atitudes, outras não. Mas, aos nos colocarmos no lugar delas, é possível entendê-las.

Assim é na vida real, o arcabouço de valores e crenças é individual, baseia-se nas experiências vividas desde a infância e armazenadas no consciente e subconsciente de cada um. Por isso, vale o esforço de gradativamente substituirmos o julgamento pela empatia. Afinal, ninguém é isso ou aquilo. Somos seres complexos e como tal por vezes somos levados pela ira, pela soberba, pelo egoísmo…

E você, como se comportaria nas situações vividas personagens Milena, Gisela, Inês, Joyce, Daniela, Michele e Érica?

Leia os Contos:

A soberba de Milena

A luxúria de Gisela

Inês, a avarenta

A preguiça de Joyce

A gula de Daniela

A ira de Michele

A inveja de Érica